Estamos a poucos dias de celebrar o Natal. Esta é uma das épocas mais duras para mim. É um tempo em que procuro trabalhar para não pensar...
Perdoem-me Não gosto do Natal. Por razões pessoais, porque os que amo já não estão comigo, já não se podem sentar comigo à mesa...
Desejo de coração que o vosso seja um tempo de partilha, de amor.
Ainda voltarei aqui antes dessa data, mas este blogue fica praticamente parado, porque me é difícil escrever o que quer que seja com os olhos rasos de lágrimas.
O vento é um escultor de partículas. Imaginei-me, criança despenteada e traquina, como filha do vento. Sinto com prazer as suas longas mãos na minha cara, pintada de sal. Que somos nós para além de valiosas partículas no universo? Tão distraídos que ao olhar para esta foto, identificamos apenas as areias de um deserto... O vento é sábio e mostra ao homem (e à mulher) o desejo e a tranquilidade nas formas que sopra e amacia na areia. Leva-nos pela mão até à encruzilhada onde o dia oferece à noite um presente.
Deixado o dia primeiro na penumbra, esse lugar onde se deixam os factos de leitura complexa para este espaço limitado.
Chegou o tempo da hibernação, da corrida insana para as celebrações natalícias. Resguardo - me desse comércio neste casulo onde tremeluzem as minhas estrelas do Advento.
Dezembro, o mês do fim.
É quase Inverno. Virá o solstício e será festa do sol invictus e teremos esperança de novo. Eu sei.