Deus também bebe !
Quando o corpo se esconde na esplanada da saudade,
Ela, só, acredita que todos os pássaros são em papel colorido,
Imagens prateadas nas mãos de Deus;
O mar.
Todas as rochas estão suspensas no poema,
A mão de Deus, moribunda, confunde-se com a alegria de viver,
A montanha.
Argamassa da planície, floresta inversa à paixão,
O sítio escondido, onde habita Deus, amanhã, hoje,
Sinto-me como uma pedra que voa, tem asas, tem alegria,
Vida, palavra, livros e nada...
A montanha de Deus.
Onde hoje me sento,
Agradeço a sombra, oiço ao longe a fúria do mar,
Desgravada maré dos tristes silêncios,
A aldeia de Deus.
O vinho.
Porque Deus também bebe,
Tem vida...