palavras na vertical
Quanto mais na vida se acelera o quotidiano mais eu retenho as horas no astrolábio dos resistentes. Lenta, lentamente, permito ao tempo outras perspectivas - sinais abertos a todas as direcções.
Assim me purifico. E no que outros acham não ter sentido, eu pergunto: - e há sentido na vida? Cada um o sente e o julga à sua maneira.
Há, contudo, um objectivo que nunca descuro - a liberdade - a minha - a da escolha que cabeça e coração sabem poder e dever construir.
Aí reside a minha casa, na sombra dos arbustos, no silêncio do lugar, no tempo das perguntas cujas respostas, inevitavelmente, conduzem a outras perguntas.
Assim sou.
(Teresa Matos, memórias pessoais)